O número é sete vezes maior que em 2020, quando
a Corte registrou 181 publicações com notícias falsas ou enganosas.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já recebeu este ano denúncias de conteúdo enganoso envolvendo mais de 1.500 publicações nas redes sociais, como Facebook, YouTube e Telegram. Em 2020, ano de eleições municipais, a Corte registrou 181 publicações. As informações foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação pela Fiquem Sabendo, agência de dados especializada no acesso a informações públicas.
Após constatar que há mesmo conteúdo falso, a Corte envia as postagens enganosas às plataformas digitais. Depois disso, o TSE pode pedir as providências cabíveis aos administradores das redes sociais, como correção ou supressão de conteúdo, se for o caso.
A Corte eleitoral informou que desenvolveu o Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições, pelo qual as pessoas podem relatar “episódios envolvendo a circulação de disparo em massa e de narrativas falsas que atentem contra a imagem de segurança e integridade do processo de votação e que possam afetar a normalidade do pleito eleitoral”.
Na lista, há, por exemplo, ataques do presidente Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas, sobre as quais não há fraude comprovada desde que começaram a ser usadas em 1996. Também há um link do site do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre preço da cesta básica, e uma mensagem no Twitter dele sobre um evento de campanha em Salvador.
Na resposta ao pedido via LAI, o TSE informou que os registros de desinformação encaminhados por meio do Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições “são analisados e tratados com eficácia e transparência, em atenção aos acordos firmados com todas as grandes plataformas digitais – Facebook, WhatsApp, Instagram, Telegram, TikTok, Google, YouTube, Twitter, Kwai, LinkedIn e Spotify -, visando reduzir a circulação de desinformação e possibilitar a aplicação de consequências previstas para casos de violação de termos de uso”.
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