O ministro Alexandre de Moraes assumiu, nesta
terça-feira (16), a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a
missão de combater a disseminação de notícias falsas e os ataques contra o
sistema eletrônico de votação. Moraes foi aplaudido por quase um minuto pelas
autoridades presentes após assinar o termo de posse. Moraes já sinalizou que
terá uma posição firme no comando no TSE. Há meses, vem repetindo que a Justiça
Eleitoral vai indeferir o registro dos candidatos e cassar os mandatos dos
políticos que divulgarem fake news.
A cerimônia de posse, em Brasília, reúne os
dois candidatos mais bem posicionados na corrida pelo Palácio do Planalto,
segundo as últimas pesquisas de intenção de voto. O presidente Jair Bolsonaro
(PL), que disputa a reeleição, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), que tenta um terceiro mandato, estão presentes no evento. Os dois
acompanham a cerimônia de locais diferentes: Bolsonaro está no palco e Lula na
plateia.
O presidente chegou acompanhado da
primeira-dama Michelle. Ministros do governo federal também compareceram em
peso, incluindo o general Paulo Sergio Nogueira (Defesa), que vem protagonizando
embates com o TSE. A solenidade também reúne no mesmo auditório outros dois
desafetos: a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e seu antigo vice, Michel Temer
(MDB), a quem acusa de ter articulado o movimento que culminou em seu
impeachment em 2016. Uma mudança de cadeiras fez com que os dois não se
sentassem lado a lado. Dilma ficou na primeira fila. Entre ela e Temer
sentaram-se Lula e o também ex-presidente José Sarney.
Alvo preferencial da militância bolsonarista no
Judiciário, Moraes assume o comando do TSE a 47 dias do primeiro turno. Ele
será o responsável por organizar as eleições em outubro em meio a suspeitas
infundadas que tentam desacreditar a segurança das urnas. O ministro Ricardo
Lewandowski será o vice. O corregedor da Justiça Eleitoral Mauro Campbell
Marques abriu os discursos e disse que Moraes é o melhor nome possível para
comandar o TSE nas eleições de outubro. “Ninguém melhor que o nosso novo
presidente do Tribunal Superior Eleitoral está talhado para conduzir as
eleições de modo firme, imparcial, técnico, previsível e democraticamente”,
afirmou.
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