A ex-deputada Flordelis teve seu júri popular
adiado para 12 de dezembro após um pedido de sua defesa. Ela é acusada de
participar da morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, dentre outros
crimes. Inicialmente, o julgamento ocorreria em 09 de maio, e depois foi
reagendado para 06 de junho, próxima segunda-feira. Entretanto, os advogados de
Flordelis, de sua filha afetiva Marzy Teixeira da Silva e sua neta, Rayane dos
Santos, pediram o adiamento.
Segundo informações da jornalista Ana Cláudia Guimarães, colaboradora da coluna de Ancelmo Gois em O Globo, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói (RJ), acolheu o pedido feito sob alegação de que não haveria tempo hábil para analisar os últimos laudos da perícia realizada na investigação da morte que foram disponibilizados no processo até a próxima segunda-feira. Entretanto, o julgamento de dois filhos da ex-deputada, Simone (que alegou ter sofrido abusos sexuais da vítima) e André, está mantido para a sessão do dia 06 de junho, às 09h.
Filho absolvido
Um filho de Flordelis, Carlos Ubiraci Francisco da Silva, recebeu liberdade condicional da Justiça após ter sido absolvido da acusação de assassinato do pastor Anderson do Carmo. Carlos Ubiraci – filho afetivo da ex-deputada que antes do crime atuava como pastor no Ministério Cidade do Fogo, antigo Ministério Flordelis – foi condenado apenas por associação criminosa armada.
Ele já estava preso há 1 ano e 8 meses e foi sentenciado a 2 anos e 2 meses de prisão. Nos seis meses restantes de sua pena, ele cumprirá liberdade condicional sendo obrigado a cumprir condições impostas pela Vara de Execuções Penais (VEP), como por exemplo, “obter ocupação lícita”. A condicional foi concedida no dia 27 de abril.
Em seu depoimento no julgamento de outros réus realizado no dia 12 de abril, Carlos Ubiraci declarou que “acredita, sim” que a ex-deputada tenha participação direta na morte do marido. Os advogados dele trabalharam para inocenta-lo das acusações de tentativa de homicídio duplamente qualificada e homicídio triplamente qualificado com uma estratégia de demonstrar aos sete jurados que ele era submisso à mãe e também dependia financeiramente dela.
As testemunhas relataram que Carlos Ubiraci, enquanto filho e pastor do ministério liderado por Flordelis e Anderson, precisava pedir autorização até para viajar. Em certa ocasião, ele recebeu de presente dos fiéis da congregação em Piratininga, a filial que comandava, uma ida para a Região dos Lagos e teve que pedir permissão ao casal, e não conseguiu. Na mesma sessão de julgamento, o delegado Allan Duarte compartilhou a mesma convicção: “A iniciativa foi da Flordelis, ela foi a mentora. Os demais indiciados agiram de acordo com ela, mas ela foi a mentora”, disse Duarte em resposta a uma pergunta feita pela juíza Nearis.
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