Ao que tudo indica não é só o ex-presidente
Lula (PT) que tem precisa se empenhar para conquistar o apoio dos policiais. Os
pré-candidatos da terceira via Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) também têm
como desafio estabelecer pontes com os policiais e as forças de segurança. Tanto
Tebet quanto Ciro deixam claro que são contra os avanços na flexibilização das
armas, mas ambos pedem melhorias para a categoria, com o intuito de se
aproximar mais desse eleitorado.
Como presidente da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, Tebet pediu rapidez para um projeto que autoriza armas em zonas rurais. Em entrevistas, ela tem dito que votou a favor do porte nessas regiões mais afastadas para proteger as mulheres, sob o argumento de que elas ficam sozinhas enquanto os maridos trabalham e que precisam proteger os seus filhos. Ainda assim, a senadora disse ao “Estado de S. Paulo” que, se eleita, vai rever decretos do presidente Jair Bolsonaro que facilitam acesso às armas.
Já Ciro Gomes tem acusado Bolsonaro de contribuir para a proliferação do armamento sem rastreamento e o sucateamento das polícias. O pedetista ainda afirma que buscará a mesma filosofia de divisão de tarefas do SUS, integrando esforços federais, estaduais e municipais (Guardas Municipais, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal), sob a coordenação estratégica do governo federal.
Além dos pré-candidatos da terceira via, o ex-presidente Lula tem sido cobrado por uma aproximação com os policiais. As recentes declarações do petista sobre os policiais têm causado preocupação, diante das dificuldades para incluir demandas da classe no programa de governo do partido. Segundo o jornal O Globo, policiais ligados ao partido temem que o discurso do petista sobre a classe ‘empurre’ os policiais para o bolsonarismo.
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