Até o fim dessa ano, o governo federal poderá
arrecadar cerca de R$ 100 bilhões com o leilão de imóveis da União. As vendas
são feitas pela internet.
Desde 2020, a atual gestão elabora um inventário com cerca de 760 mil imóveis do governo federal. O valor, ainda que subestimado, chega a R$ 1,5 trilhão. Em “O feirão de imóveis da União”, artigo publicado na Edição 98 da Revista Oeste, o jornalista Sílvio Navarro apresenta os planos para venda de alguns deles, além dos interesses políticos que impediram a desestatização de certos lotes no passado.
“O processo para se livrar desse passivo, enxugar o Estado e encher o cofre não é simples”, escreveu Navarro. “Os primeiros passos só foram dados por causa de uma medida provisória do presidente Jair Bolsonaro, convertida em lei na Câmara dos Deputados — Lei 14.011, de 2020. Ainda assim, a burocracia esbarra em dois fatores: politicagem e invasões irrecuperáveis.”
Entre os imóveis da União citados no texto está uma área de 500 mil metros quadrados em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. A propriedade vale pelo menos R$ 500 milhões, mas o prefeito da cidade, Jorge Kalil, preferiu atrapalhar a venda. “Aliado do ex-presidente Lula, Kalil sonha em disputar o governo mineiro, com o apoio do petista”, afirmou. “Ele entendeu que Bolsonaro e o governador Romeu Zema lucrariam politicamente com a medida em curso.”
Revista Oeste
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