A pandemia de covid-19
deve causar um impacto financeiro gigantesco na economia global, superando as
expectativas iniciais do Fundo Monetário Internacional (FMI). A avaliação é da
diretora-geral do órgão, Kristalina Georgieva, que falou sobre o assunto nesta
quinta-feira, 20.
Em um evento promovido pelo jornal Financial Times, Georgieva afirmou que as interrupções na cadeia de abastecimento, além de inflação e políticas monetárias mais rígidas, estão “jogando água fria na recuperação em todos os lugares”.
A diretora do FMI também demonstrou preocupação com a desigualdade nos índices de vacinação entre diferentes países do mundo, o que poderia indicar que a superação definitiva da pandemia será mais lenta do que o esperado.
“A economia mundial deverá perder mais de US$ 12,5 trilhões em produção, daqui até 2024, por causa da covid”, afirmou. “Infelizmente, vamos atualizar este número, revisando-o para cima por causa do avanço da variante Ômicron.”
De acordo com as projeções de um relatório sobre perspectivas econômicas divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o crescimento da economia global neste ano não deve passar de 4%. Para 2023, a projeção é um avanço de 3,5%.
Outras projeções
Já de acordo com um relatório publicado pelo Centro de Economia e Pesquisa Empresarial (Cebr), o PIB mundial vai ultrapassar os US$ 100 trilhões em 2022. Segundo a consultoria britânica, o importante para a década de 2020 é como as economias mundiais enfrentam a inflação.
“Esperamos um ajuste relativamente pequeno para colocar os elementos não transitórios sob controle. Caso contrário, o mundo deverá se preparar para uma recessão em 2023 e 2024”, disse o vice-presidente do Cebr, Douglas McWilliams.
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