A probabilidade de crianças vivenciarem vários
eventos climáticos extremos em suas vidas aumenta a cada ano, de acordo com um
estudo publicado na revista americana Science. Os pesquisadores disseram que as
crianças nascidas em 2020 sofrerão de duas a sete vezes mais eventos climáticos
extremos do que aquelas que nasceram em 1960.
Os eventos, que incluem ondas de calor, secas, quebras de safra, inundações, incêndios florestais e ciclones tropicais, provavelmente aumentarão em frequência, intensidade e duração devido à taxa atual de aquecimento global e falta de políticas nacionais preventivas, relatou o site NPR, citando o estudo.
Conforme os anos passam e o risco aumenta, espera-se que as gerações mais jovens tenham sua segurança “gravemente ameaçada pelas mudanças climáticas”, afirma o estudo. De acordo com o NPR, os pesquisadores determinaram suas descobertas usando dados de um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas de 2021.
Por meio da análise das informações, os cientistas foram capazes de determinar que uma criança de 6 anos em 2020 passará por 36 vezes mais ondas de calor do que uma pessoa nascida em 1960. Comparando os outros desastres climáticos, os dados indicaram que os nascidos em 2020 podem enfrentar o dobro de ciclones e incêndios florestais, três vezes mais inundações de rios, quatro vezes mais quebras de safras e cinco vezes mais secas que os adultos. O estudo se referiu às descobertas problemáticas como uma “exposição a eventos extremos sem precedentes”, afirmou a NPR.
A idade não foi o único fator que os cientistas compararam em seu estudo, eles também analisaram diferentes regiões e rendas e como isso impactou as diferentes gerações. Para as pessoas com menos de 25 anos que vivem no Oriente Médio e Norte da África em 2020, elas provavelmente enfrentarão mais eventos climáticos extremos do que outras regiões, enquanto as gerações mais jovens em países de baixa renda experimentariam mais eventos do que aquelas em países mais ricos, relatou a NPR.
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