A defesa do ex-presidente da Câmara Eduardo
Cunha (MDB-RJ) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seja declarada a
suspeição de Sergio Moro por quebra de imparcialidade na sua atuação como juiz.
O pedido foi baseado nas mensagens hackeadas da operação Lava-Jato, obtidas na
Operação Spoofing. Os advogados afirmam que as conversas indicam conluio entre
Moro e os procuradores da Lava Jato.
O pedido foi protocolado na terça-feira (9), pouco antes de a Segunda Turma analisar o habeas corpus feito pela defesa do ex-presidente Lula que também tem como objeto declarar a parcialidade de Moro.
A solicitação de Cunha se baseia nas mensagens de Moro e do ex-coordenador da força-tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol, apresentadas ao STF pela defesa do petista. No habeas corpus de 40 páginas, os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso sustentam, com base nas conversas, que se trata do “maior escândalo do Judiciário brasileiro”.
Cunha foi sentenciado pelo ex-juiz de Curitiba a 15 anos de prisão no caso conhecido como petrolão. Também foram imputados a ele os crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por manter valores na Suíça. Atualmente o deputado cumpre em casa uma ordem de prisão preventiva decretada há quatro anos e cinco meses.
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