O ministro Fábio Faria (Comunicações) subiu o
tom com as operadoras de telefonia. Ele disse que poderá elevar o preço das
licenças no leilão do 5G caso as empresas resistam a construir uma rede fechada
para o governo federal.
A medida é uma das contrapartidas de investimento impostas pela gestão Jair Bolsonaro (sem partido). Com um rede própria, o governo não deverá impor restrições à presença de equipamento da chinesa Huawei no 5G.
Caso digam não à estrutura própria para Bolsonaro, Faria disse às operadoras que concordaria com o ministro Paulo Guedes (Economia) e defenderia um leilão arrecadatório –com lances mínimos elevados–, uma forma de reforçar o caixa da União. O recado foi dado pelo ministro das Comunicações em conversas antes de embarcar para uma missão oficial rumo aos países-sede das fabricantes de equipamentos de telefonia de quinta geração.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) pretendia votar as regras do leilão na sessão de segunda-feira (1º). Porém, o presidente do órgão, Leonardo de Moraes, decidiu pedir vista diante das controvérsias com as teles. O processo deverá ser retomado em 24 de fevereiro a tempo de garantir a realização do certame no final do primeiro semestre.
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